Sindicato integra evento na Mercedes sobre sustentabilidade e descarbonização

Encontro reuniu representantes da indústria de plásticos, logística e instituições de fomento para discutir caminhos de redução da pegada de carbono na cadeia automotiva

Foto: Adonis Guerra

Os Metalúrgicos do ABC participaram ontem do evento “Descarbonização da Cadeia de Fornecimento da Mercedes-Benz do Brasil”, realizado na sede da montadora, em São Bernardo. A iniciativa é um projeto-piloto que tem como objetivo mapear a pegada de carbono da indústria de plásticos que atende ao setor automotivo, para elaborar estratégias de descarbonização e sustentabilidade.

Além da Mercedes, participaram representantes da indústria de plásticos e do setor de logística. A expectativa é que o projeto seja posteriormente estendido a outras indústrias do setor automotivo.

O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e trabalhador (licenciado) da Mercedes, Aroaldo Oliveira da Silva, destacou o papel da região e do Sindicato no fortalecimento desse debate.

Foto: Adonis Guerra

“A Mercedes está dialogando sobre a descarbonização da cadeia de fornecedores, e a gente vem participando dessa discussão desde o início. Ajudamos na interação com atores importantes, como universidades, Sebrae, Senai e BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. Nosso papel é unir o ecossistema para que possamos atender às metas de descarbonização”, afirmou.

Agenda 2030

Foto: Adonis Guerra

Aroaldo lembrou ainda que o tema está alinhado à Agenda 2030 da ONU e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que preveem o esforço global de redução das emissões e do aquecimento do planeta.

“Há um compromisso internacional firmado em 2015 para limitar o aquecimento global a até 1,5° C até o fim do século. O desafio é grande e exige o engajamento de todos. Às vezes, grandes empresas conseguem cumprir as metas, têm acesso a financiamentos, mas as pequenas e médias fornecedoras não. Por isso, é importante que empresas âncoras, como a Mercedes, assumam esse papel de apoiar toda a cadeia produtiva”, ressaltou.

O dirigente também enfatizou a necessidade de união entre todos os setores para enfrentar a emergência climática. “Para evitar mais catástrofes no planeta, é preciso que todos atuem juntos, iniciativa privada, poder público, sociedade civil, movimento sindical e universidades. Só vamos salvar este planeta se unirmos esforços. A crise climática atinge alguns mais do que outros agora, mas, no médio prazo, vai atingir a todos”, alertou.

O coordenador da representação sindical na fábrica, Amarildo Marques de Souza, reforçou a relevância do debate. “Acreditamos que esse é o futuro do mercado automotivo, inclusive dos veículos pesados e da energia limpa no Brasil”, afirmou.