Sindicato mobiliza a categoria para o Dia do Basta
Os Metalúrgicos do ABC realizaram ontem mobilizações dos trabalhadores nas fábricas da base para o Dia do Basta, que será amanhã em todo o País. O ato é organizado pela CUT, demais centrais sindicais, frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e movimentos sociais.
Pela manhã, serão realizadas atividades em portas de fábricas e, às 10h, o ato conjunto será em São Paulo, em frente à Fiesp.
“A participação de todos é extremamente importante para mudar o rumo do País. Não podemos permitir que as futuras gerações sofram as consequências se não participarmos da luta agora”, convocou o presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.
“O dia é para dar um basta aos ataques contra a classe trabalhadora, à retirada de direitos e ao desemprego. A média de tempo para conseguir um novo emprego passou de cinco meses para quase um ano e isso é desesperador para a família. O dia é de falar chega aos que querem jogar milhões de trabalhadores na desesperança”, afirmou.
“O ataque é para aumentar a exploração, diminuir a renda e o poder de negociação dos trabalhadores para aumentar o lucro do patrão. Lula é a saída ao golpe e queremos ele solto”, prosseguiu.
O secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva, explicou a mobilização na base. “Panfletamos a Tribuna em toda a categoria para dialogar com os trabalhadores sobre a importância do ato e da resistência nesse momento”, disse.
“A resposta dos trabalhadores foi positiva, com a preocupação de que precisamos, de fato, estar organizados e mobilizados”, continuou.
O coordenador de São Bernardo, Genildo Dias Pereira, o Gaúcho, contou que o pessoal nas fábricas está preocupado com a retirada de direitos. “Temos que defender a renovação das cláusulas sociais nas negociações da Campanha Salarial. É contra os retrocessos que reafirmamos que amanhã é o Dia do Basta”, destacou.
Para o coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, os trabalhadores estão confiantes. “Precisamos pegar essa confiança e levar para a rua. O importante é que todos estejam juntos na luta, que não é só dos metalúrgicos, é de toda a sociedade”, ressaltou.
O coordenador de área da Regional Diadema, Antônio Claudiano da Silva, o Da Lua, lembrou que a companheirada está cansada de maldade. “Para reverter isso, o pessoal está mobilizado para dar um basta em todo esse retrocesso”, concluiu.
Da Redação.