Sindicato mobiliza base contra projeto que precariza relações trabalhistas

Os Metalúrgicos do ABC, a CUT e demais centrais sindicais realizam hoje, dia 7, atos contra a votação do Projeto de Lei (PL) 4.330, que precariza as relações de trabalho. Com a mobilização da base, quatro ônibus saíram ontem da Sede (foto) para participar do ato em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, às 14h.

O PL 4.330 pode entrar em votação hoje no plenário da Câmara. Serão realizados atos contra o projeto em 11 Estados. Em São Paulo, a concentração será às 9h, em frente à Secretaria de Saúde, com caminhada até a Praça da República.

“Esse projeto é a total desregulamentação do trabalho. A nossa luta é contra esse desastre para a classe trabalhadora”, defendeu o vice-presidente do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva.

O dirigente explicou que o PL 4.330 precariza as relações de trabalho, reduz salários e coloca em risco a vida dos trabalhadores.

“A Câmara quer colocar em votação um projeto que a maioria dos deputados desconhece”, afirmou. “Do jeito que está, sem proibição da terceirização na atividade-fim, a precarização das relações de trabalho será brutal, com perda de direitos dos trabalhadores e concorrência desleal entre empresas”, prosseguiu Aroaldo.

Atualmente, a terceirização é proibida para as atividades que representam a natureza econômica das empresas. Isso evita que existam empresas sem trabalhadores diretos.

Dentre as propostas consideradas prioritárias pela CNI está o PL 4.330 em caráter de urgência. Isso acendeu o alerta à classe trabalhadora.

Em contraponto ao PL 4.330, a CUT defende o PL 1.621/2007, apresentado pelo deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), que propõe a regulamentação da terceirização desde que haja igualdade de direitos entre terceirizados e efetivos – saúde, ambiente de trabalho, plano de saúde, vale-refeição, entre outros – e proíbe a precarização na atividade-fim.

Da Redação