Sindicato negocia e Santo André ganha escola federal de ensino técnico
Diretores do Sindicato Moisés e Barba; prefeito de Santo André, Carlos Grana; reitor da IFSP, Eduardo Modena; e o deputado federal Newton Lima
Após articulação do Sindicato, o Instituto Federal de Educação de São Paulo, o IFSP, terá uma unidade em Santo André com capacidade para atender gratuitamente 1,2 mil pessoas em cursos do ensino médio e profissionalizante. A meta é chegar a 5.000 alunos.
A instalação da Unidade de Educação Profissionalizante, a UEP, foi confirmada no último dia 25 pelo reitor da instituição, Eduardo Modena.
“Após a inclusão dos cursos à distância do IFSP na Regional Diadema no primeiro semestre deste ano, voltamos a negociar com o governo federal para ter mais um polo no ABC”, afirmou o diretor Administrativo do Sindicato, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, que participou das conversas. “A previsão para o início das aulas é agosto de 2014, no Centro Público de Formação Profissional Júlio de Grammont, no Jardim Cristiane, em Santo André”, comemorou.
Também participou das negociações o ex-reitor da Universidade Federal de São Carlos e deputado federal Newton Lima (PT).
Tribuna Metalúrgica – Por que Santo André?
Barba – Por apresentar de maneira correta todos os documentos solicitados durante o processo de concessão.
TM – Qual será o próximo passo?
Barba – Instalar um campus avançado do IFSP na cidade, ampliando ainda mais a oferta de cursos profissionalizantes. Para isso a Prefeitura de Santo André precisa fazer a concessão de uma área de 60 mil m² para a construção da unidade. Estão previstas também duas audiências públicas para que a comunidade defina as áreas técnicas que mais lhe interesse. Informática e Administração, por enquanto, são as opções mais cotadas.
TM – Qual a importância dessa conquista do Sindicato?
Barba – Até 2020 precisamos formar 500 mil profissionais em áreas técnicas para suprir as demandas do mercado. Por isso estamos preocupados em investir na formação do trabalhador e qualificar ainda mais a mão de obra no ABC.
TM – Como foi a articulação para trazer a escola federal?
Barba – A ideia sempre foi construir uma escola que pudesse atender as demandas da base.
Quando o Sindicato arrematou o terreno do antigo colégio Cacique Tibiriça, a diretoria concluiu após dois anos de debates que não poderia arcar com os custos de uma instituição educacional de grande porte.
A alternativa foi criar o convênio com o IFSP para oferecermos o ensino à distância na Regional Diadema.
O diálogo continua aberto e cada vez que o Sindicato negociar junto ao IFSP polos de formação e qualificação de mão de obra haverá a possibilidade de novas conquistas para a região.
O que é o Instituto Federal de São Paulo
Reconhecido por sua excelência no ensino público gratuito de qualidade, o IFSP é ligado ao Ministério da Educação fundada há 104 anos. Em dezembro de 2008 passou a ter status de universidade, destacando-se pela autonomia.
Com a mudança, o Instituto Federal de São Paulo passou a destinar 50% das vagas para os cursos técnicos e, no mínimo, 20% das vagas para os cursos de formação de professores, sobretudo nas áreas de Ciências e Matemática, e prossegue com cursos de formação inicial e continuada, tecnologias, engenharias e pós-graduação.
Além dos cursos presenciais, o Instituto promove cursos Técnicos em Administração e em Informática para Internet e, desde 2012, o superior de Formação de Professores na modalidade de ensino à distância.
Da Redação