Sindicato organiza paralisação para pedir fim das demissões da Usiminas
A empresa informou que os desligamentos devem totalizar 810 até o próximo sábado (30). O número equivale a 6% do quadro total de trabalhadores
O Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista marcou para esta quarta-feira (27) um protesto, seguido de paralisação, na porta da Usiminas, em Cubatão (SP), para exigir que a empresa pare de demitir. Segundo o diretor do sindicato, Aldemir Alves, desde sábado passado (23) foram dispensados 312 trabalhadores.
“Vamos parar os ônibus na porta da empresa e chamar os trabalhadores para ficar paralisados até a empresa negociar”, disse Alves.
A empresa informou que os desligamentos devem totalizar 810 até o próximo sábado (30). O número equivale a 6% do quadro total de trabalhadores. A meta é reduzir as despesas com pessoal a 10% dos custos totais.
Segundo o sindicalista o objetivo é conseguir que a empresa suspenda o programa de demissões em curso. Ele ressaltou que dificilmente será possível reverter as dispensas anteriores.
De acordo com a Usiminas, as demissões são necessárias devido a uma “severa retração na demanda por produtos siderúrgicos”. Atualmente as usinas operam com apenas metade da capacidade instalada.
A empresa afirma que os 516 desligamentos das usinas de Ipatinga (SP), Cubatão (SP) e da sede em Belo Horizonte (MG), resultantes de um Programa de Demissões Voluntárias (PDV) não foram capazes de suprir as necessidades da empresa.
Além dos valores determinados por lei, serão oferecidas gratificações financeiras para os demitidos. Segundo a empresa, os valores são: de 0,10 da remuneração por ano de trabalho, para os empregados com até 15 anos de empresa, limitado a 0,9 salário. Para os empregados com mais de 15 anos de empresa, 1,8 remuneração.
Da Agência Brasil