Sindicato participa das sessões solenes da Consciência Negra de São Bernardo e Rio Grande da Serra
Atividades trataram do combate ao racismo estrutural e da contribuição da população negra para o desenvolvimento da região
O coordenador da Comissão da Igualdade Racial e Combate ao Racismo dos Metalúrgicos do ABC, Clayton Willian, o Ronaldinho, participou das sessões solenes do mês da Consciência Negra nas Câmaras Municipais de São Bernardo, dia 22, e de Rio Grande da Serra, dia 25.
O dirigente destacou a importância de ocupar espaços de fala na sociedade. “Se hoje posso falar em locais como as Câmaras, é porque existiu todo um trabalho antes de mim para abrir as portas, os ex-coordenadores da Comissão presentes, inclusive a própria vereadora Ana Nice, em São Bernardo, e o Somália, em Rio Grande da Serra. As sessões solenes foram importantes ao resgatar a história dos municípios e a contribuição do povo negro para o desenvolvimento econômico, cultural e religioso da região”, ressaltou.
Em São Bernardo, o tema foi “10 anos de cotas raciais: de onde viemos e para onde vamos?”. “Quando olhamos para as periferias, as pessoas são majoritariamente negras e pobres. No outro extremo, dos mais ricos da sociedade, não tem nenhum negro. Isso é uma questão estrutural, por isso tem pessoas que são contra cotas, não querem inverter a lógica racial no Brasil”, afirmou.
Rio Grande da Serra
A sessão solene de Rio Grande da Serra foi a primeira em comemoração ao mês da Consciência Negra na cidade, organizada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento e Participação da Comunidade Negra, Conselho de Cultura e poder legislativo.
O CSE na Dura Automotive e membro do Conselho Municipal, Carlos Alberto Queiroz Rita, o Somália, reforçou que a sessão foi um marco histórico para a cidade. “Rio Grande da Serra tem a maioria da população negra e, como em todas as partes do mundo, luta em busca de igualdade e equidade”. “Também mostra no dia a dia sua capacidade por meio do trabalho, da cultura, culinária, organização e participação nos movimentos populares, buscando avançar e ocupar os espaços de poder e de fala. Seguimos em frente e só estaremos contemplados quando tivermos total paridade em todos os campos. Ubuntu!”, concluiu.