Sindicato participa do curso internacional de Formação Brasil e Alemanha
Diretora do Sindicato, Michelle Marques participa da abertura do segundo módulo no Brasil. Fotos: Divulgação
Os Metalúrgicos do ABC participaram do segundo módulo no Brasil do Curso Internacional de Formação de Formadores para brasileiros e alemães entre os dias 11 a 16, em Cajamar. A etapa na Alemanha foi realizada dos dias 23 a 26 de agosto, em Steinbach, próximo a Frankfurt.
“É um projeto pioneiro entre os sindicatos que já tinham cursos de formação. A troca de experiências com a formação conjunta é muito importante para desenvolver ações mais qualificadas”, afirmou a diretora executiva do Sindicato responsável pelo Departamento de Formação, Michelle Marques.
“Já que os patrões se organizam mundialmente, os trabalhadores também tem que ter organização mundial. E o curso tem esse caráter de formação internacionalista”, explicou.
O secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, e CSE na Mercedes, Maicon Michel Vasconcelos da Silva, participou dos módulos nos dois países.
“O curso busca construir a solidariedade efetiva da classe trabalhadora, já que os ataques que temos sofrido aos direitos trabalhistas se dão em uma conjuntura mundial”, explicou. O curso é desenvolvido com os aspectos culturais e a dinâmica do trabalho em cada uma das etapas. O primeiro módulo no Brasil foi realizado em março na CNM-CUT.
“Ter o olhar que abrigue todas as questões, como a organização dos trabalhadores em redes internacionais por empresa, setores produtivos e a importância de organizar as cadeias globais de valor é estratégico”, afirmou. “Um dos pontos fortes desse módulo foi o debate sobre o modelo sindical alemão, os impactos e desafios colocados pelas inovações tecnológicas com a chamada Indústria 4.0”, continuou.
A atividade tem o objetivo de ampliar os programas de formação dos sindicatos dos Metalúrgicos do ABC, de Sorocaba, e da CNM-CUT, além de proporcionar a troca de experiências com o sindicato metalúrgico alemão, o IG Metall.
“Entender os conceitos da Indústria 4.0, fazer um paralelo com as propostas que retiram direitos e enfraquecem sindicatos e o papel de uma resistência articulada de forma global é crucial”, concluiu.
O curso integra o projeto Ação Frente às Multinacionais na América Latina, desenvolvido pela CUT, o Instituto Observatório Social e a central sindical alemã DGB-BW para fortalecer a política de redes sindicais de combate ao trabalho precário.
Segundo módulo na Alemanha
Da Redação.