Sindicato passa a ensinar libras

Nosso Sindicato dá um
novo exemplo para a inclusão
das pessoas com deficiência.
Depois da luta da
Comissão dos Metalúrgicos
com Deficiência para conseguir
a contratação de tradutores
da Língua Brasileira
de Sinais nas empresas, o
Sindicato oferece agora um
curso de Libras.

Esta primeira edição do
projeto conta com a participação
de 18 companheiros.
Entre os alunos há pessoas
com um pequena experiência
neste tipo de comunicação
e pessoas sem nenhum
contato.

Por isso, as aulas não
são baseadas só em sinais,
como conta a instrutora Renata
Lima. “É um curso que
acolhe todo esse universo,
desde a identidade surda,
como a cultura surda, até o
dicionário básico de sinais”,
descreve.

Renata que é psicóloga
e também trabalha como
tradutora na Tupy, em
Mauá, explica que no final
das aulas os participantes
conseguirão ter uma comunicação
básica com os surdos
e terão ainda a indicação
de materiais didáticos para
se aprimorarem.

Inclusão –
Para ela, os metalúrgicos
estão dando exemplo a
outros sindicatos. “As empresas
contratam pessoas
com deficiência por obediência
à lei de cotas, mas o
Sindicato permitir a esses
trabalhadores se comunicar
com os colegas, dá real acesso
na empresa” afirma.

Renata explica ainda
que, além de receber, os
participantes do curso vão
disseminar a importância da
comunicação com o público
surdo.

Além de Renata Lima,
o curso conta com um instrutor
portador de surdez,
José Manoel. “É importante
ter os dois instrutores, tanto
na explicação das diferenças,
como nas atividades práticas”,
explica.

O curso, que começou
há três semanas, tem duração
de três meses, com duas
aulas por semana.