Sindicato promove agenda popular para a promoção de direitos da população em situação de rua
Atividade no próximo sábado contará com a presença do ministro Silvio de Almeida dos Direitos Humanos
Os Metalúrgicos do ABC recebem no próximo sábado, 19, a partir das 14h, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania Silvio Luiz de Almeida para um debate sobre promoção de direitos da população em situação de rua. A agenda será na Sede e contará com a participação também do diretor de Promoção dos Direitos da População em Situação de Rua, Léo Pinho.
A atividade será um encontro com diversos segmentos da sociedade civil, entidades, movimentos sociais e populares e organizações que atuam em prol da população em situação de rua.
“Mais uma vez apoiamos a pauta dos excluídos e invisibilizados sociais em uma sociedade tão injusta e desigual. A todo instante devemos fazer a reflexão de como podemos contribuir para que haja melhoras na vida de todas as pessoas. Nosso Sindicato continua exercendo seu papel cidadão e solidário que pensa no social, no processo coletivo para uma sociedade mais igual para todos”, afirmou o vice-presidente dos Metalúrgicos do ABC, Carlos Caramelo.
O dirigente lembrou que a situação dessas pessoas se agravou ainda mais nos últimos anos com a ausência de ações efetivas por parte do governo federal que nunca se preocupou verdadeiramente com os mais pobres.
Invisível nas estatísticas
Apesar do aumento exponencial da quantidade de pessoas vivendo nas ruas das grandes cidades brasileiras, o número oficial ainda não dá conta do tamanho do problema que precisa ser enfrentado pelos governos municipais, estaduais e federal. Essa população tende a permanecer invisível nas estatísticas oficiais do país pelos próximos dez anos, quando deverá ser realizada novo censo pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A estimativa oficial mais recente indica que havia, em fevereiro deste ano, cerca de 161,8 mil famílias vivendo em situação de rua no país. Esse é o número de famílias nessa situação inscritas no Cadastro Único do governo federal e, segundo a própria Secretaria Especial do Desenvolvimento Social, vinculada ao Ministério da Cidadania, não representa o tamanho real da população em situação de rua no país.