Sindicato promove intercâmbio com o Japão por ferramentarias

Bigodinho e representantes japoneses. Foto: Divulgação

Mais um resultado positivo do novo Regime Automotivo, o Inovar-Auto, conquistado pelo Sindicato, foi a vinda do ministro de Comércio e Indústria do Japão, Toshimitsu Motegi, ao Brasil.

O ministro japonês e uma comitiva de 14 autoridades e 68 empresários do país asiático estiveram reunidos com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, na semana passada, em Brasília.
No encontro, os ministros dos dois países assinaram um acordo que prevê a criação da Comissão Mista Brasil-Japão de Comércio, Investimento e Cooperação Industrial, para reforçar as relações econômicas entre ambos.

O ministro japonês lembrou que o Brasil tem a maior comunidade nipônica fora do Japão e destacou as boas relações entre as duas nações.

Outro acordo também foi assinado, na ocasião, entre o diretor-presidente da Organização de Comércio Exterior do Japão (Jetro), Yasuhiro Ishida e a secretária de Desenvolvimento da Produção do MDIC, Heloisa Menezes.

O documento tem o objetivo de promover o comércio bilateral, impulsionar o intercâmbio de informações e facilitar investimentos produtivos entre o Brasil e o Japão, entre outras ações.

Intercâmbio com o Japão irá desenvolver ferramentarias no Brasil
A participação do Sindicato em uma das maiores feiras do mundo do setor de ferramentaria, no mês passado, no Japão, já apresenta os primeiros resultados para a categoria.

Representantes de cerca de 70 empresas japonesas conheceram o novo Regime Automotivo, o Inovar-Auto, e se interessaram em estreitar o relacionamento comercial com o Brasil.

“Ocupávamos uma sala na feira, onde recebíamos os empresários do setor e explicávamos a recente procura por ferramentarias após a implantação do Inovar-Auto”, contou José Roberto Nogueira, o Bigodinho, diretor executivo do Sindicato que acompanha o Arranjo Produtivo Local (APL) de Ferramentaria do ABC.

Ele lembrou que seis milhões de horas por ano são consumidas pelas ferramentarias brasileiras, atualmente, e a estimativa é o Inovar-Auto eleve este número para 20 milhões de horas por ano.

“Para atender essa nova demanda, precisamos modernizar o nosso parque produtivo. Por isso buscamos esse intercâmbio com o Japão”, afirmou Bigodinho.

Segundo o dirigente, o objetivo final da iniciativa é que as empresas do ABC desenvolvam inovação tecnológica e a região se torne um polo avançado na produção de ferramental.

Mão-de-obra
Outro ponto importante do novo Regime Automotivo é a vinculação da política de isenção fiscal atrelada à utilização de conteúdo nacional na fabricação dos automóveis e caminhões.

“O carro que utilizar mais peças produzidas no Brasil durante a sua montagem, terá seu preço reduzido e será mais competitivo no mercado”, explicou o diretor. “Esse entendimento é fundamental para atrair empresas de outros países para cá”, continuou.

Além do Inovar-Auto, a capacidade da mão de obra é outro fator relevante para o sucesso deste intercâmbio Brasil-Japão.

“Temos excelentes profissionais especializados em ferramentaria, que estão exercendo outras funções por falta de demanda”, lamentou Bigodinho.  

“Chegou a vez destes profissionais assumirem suas vocações e colocarem em prática seus conhecimentos”, concluiu.

Da Redação