Sindicato promove live inter-religiosa para celebrar o Dia Mundial da Saúde

Os Metalúrgicos do ABC, a Frente Inter-Religiosa do ABC e os Comitês Islâmicos de Solidariedade realizaram na noite da última quarta-feira, 8, uma live para celebrar o Dia Mundial da Saúde. O ato foi promovido em defesa do SUS, dos profissionais da saúde, em solidariedade às famílias vítimas do coronavírus e em memória a todos que tiveram o sangue derramado pela ditadura.

Em sua fala de abertura, o diretor executivo do Sindicato, Carlos Caramelo, um dos organizadores do evento, lembrou que os Metalúrgicos do ABC têm como carro chefe a solidariedade, nos seus pilares, a defesa intransigente dos direitos dos mais vulneráveis e o combate à desigualdade social, e lembrou os principais valores religiosos.

“Vivemos um momento muito difícil com famílias inteiras nas ruas pedindo, chefes de famílias desempregados e a ausência total de respeito com o povo brasileiro pelas autoridades que estão à frente desse processo. É preciso agir com amor, solidariedade e ser fraterno”.

Além dos representantes religiosos, participaram das live como convidados os ex-ministros do governo Dilma Arthur Chioro e Gilberto Carvalho.

“Esse é um dia que nos instiga a uma reflexão profunda do momento em que estamos vivendo. As consequências de uma terrível postura governamental do presidente da nossa República que ao fazer vigorar sua visão negacionista, sua aversão à dignidade humana, transformou o país no epicentro de uma crise global”, avaliou o médico sanitarista Arthur Chioro.

O ex-ministro da Secretaria-Geral da presidência da República, Gilberto Carvalho, destacou que essa sensação precisa promover uma espécie de inquietação social para que chegue a hora de dar um basta.

“Este é um momento tão absurdo, de uma dor tão à beira do insuportável em que é necessária essa atitude de prece, de reflexão para pedir uma saída. Mas além dessa dor, há uma outra que nos atormenta, é da dor da passividade de não compreender como num momento desse não há uma insurgência, não há um levante. Essa dor precisa nos inquietar, tudo o que não pode ocorrer é naturalizarmos esse processo”.