Sindicato promove live sobre método Ponseti para curar o Pé Torto Congênito
Como parte das ações que vão além das questões trabalhistas, o Sindicato promoveu no último sábado, 19, um bate-papo virtual sobre a importância do método Ponseti para tratar a síndrome do Pé Torto Congênito. O diagnóstico pode ser feito durante a gravidez e se o tratamento for seguido à risca, a criança poderá andar normalmente.
O secretário-geral do Sindicato, Moisés Selerges, que tem uma filha que nasceu com a síndrome, mediou a conversa e destacou a importância de falar sobre o assunto. “O Sindicato não deve se atentar a representar os trabalhadores somente nas questões econômicas e de direitos. Entendemos que é preciso discutir outros temas e assim ser um sindicato cidadão. Esse método de tratamento traz muita esperança aos pais, que no início se vêem desesperados”.
A presidente da Associação Primeiro Passo, entidade civil que difunde essa técnica de tratamento, Sandra Cristina Domingues, mãe de um menino que nasceu com os pés tortos, reforçou que é preciso que os pais sejam acolhidos e bem informados para lidar com a questão e lembrou a importância do SUS.
“Esse método é revolucionário, não deixa cicatriz e permite que a criança leve uma vida normal. Nossa intenção é fazer com que o tratamento pelo SUS seja mais difundido, já que muitas pessoas têm dificuldade de conseguir o tratamento e informações. Através da Associação, tentamos erradicar o Pé Torto não tratado no Brasil”.
A pediatra ortopedista, especialista em tratamento do pé torto pelo método Ponseti, Tatiana Guerschman, explicou que a técnica se baseia em manipulações suaves e precisas dos pés trazendo para fora os pés que estão para dentro e que ele deve ser iniciado já nos primeiros dias de vida.
“Trata-se de uma alteração no desenvolvimento identificada por volta do segundo trimestre de gestação. Sabendo que a criança vai nascer com os pés tortos, os pais já podem procurar um especialista. No método Ponseti o ideal é começar o tratamento nos primeiros dias de vida, manipulando os pés para fora e colocando um gesso nas pernas do bebê. O gesso fica por uma semana, são cerca de cinco a sete colocações de gesso e depois disso há necessidade de uma pequena cirurgia que pode ser feita em ambulatório com anestesia local. Após esse período, há mais três semanas de aplicação de gesso e depois a utilização de uma órtese (aparelho que auxilia nos movimentos corretos dos pés)”.
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Um passo para trás
Dois passos para frente
Autor: Ninha Barreto
Editora: Vânia Araujo Barreto
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O livro trata da trajetória de um menino portador de Pé Torto Congênito (PTC). Cheio de vida e coragem ele enfrenta as várias fases do tratamento, com esperança, de um dia, dançar pelo mundo. E o menino, sorrindo, dança e nos contagia com sua alegria.