Sindicato quer apoio de empresários do ABC ao ViraVida

Ana Nice, Colombo, Meneguelli, Rafael e Bigodinho, durante reunião na Sede

O Sindicato está bus­cando apoio dos em­presários da região para contribuir com o projeto ViraVida, do Sesi, que dá formação e capaci­tação profissional para jovens em situação de risco ou vítimas de ex­ploração sexual.

“Nossa maior difi­culdade é dar sequência ao aprendizado destes adolescentes, com sua inserção no mercado de trabalho”, afirmou o presidente do Conse­lho Nacional do Sesi, Jair Meneguelli, durante reunião na Sede.

Segundo ele, a fina­lidade do ViraVida é conseguir empregar os jovens e, por meio do emprego, garantir a dig­nidade para quem está em situação vulnerável.

“É um trabalho in­cansável porque esta­mos falando de verda­deiras quadrilhas de crime organizado, que aliciam crianças para a prostituição”, denunciou Meneguelli.

“Queremos criar uma rede no combate a esta forma mais cruel de trabalho infantil, que é a exploração sexual e, para isso, contamos com a ajuda imprescindível do Sindicato”, disse o presidente do Sesi.

Lei de cotas

Para o diretor exe­cutivo José Roberto Nogueira, o Bigodinho, designado pela direção do Sindicato para acom­panhar os Arranjos Pro­dutivos Locais, os APLs, é possível organizar e sensibilizar o empresa­riado para essa questão.

“Conseguimos reu­nir vários segmentos em torno das discussões econômicas e podemos fazer o mesmo para en­frentar esse grave pro­blema social”, avaliou.

Segundo Bigodinho, a própria rede formada pelos APLs pode ajudar no combate à explora­ção sexual e a inserção destes jovens no merca­do de trabalho.

“Já existe cota para a contratação de jovens aprendizes, mas infeliz­mente nem sempre elas são cumpridas”, explicou.

“O primeiro passo é orientar as empresas para a contratação destes jovens, incentivando a responsabilidade social delas e, ao mesmo tem­po, o cumprimento da lei”, finalizou Bigodinho.

Projeto nasce por indignação

O projeto ViraVida surgiu por conta de uma situação real, vivida pelo presidente do Conselho Nacional do Sesi, Jair Meneguelli .

Segundo ele, duran­te sua estada na Praia do Futuro, em Fortale­za, em viagem de férias, se deu conta de uma menina que oferecia sexo aos turistas, ali mesmo em uma barra­ca, em plena luz do dia.

“Eu vi e me indignei”, relatou Meneguelli.

Rede de proteção

A partir de então de­cidiu criar um projeto que desse outra oportu­nidade para meninas e meninos em situação de risco social, como em ca­sos de exploração sexual.

“Fomos procurar ajuda para mapear es­sas crianças e oferecer cursos de formação profissional, capazes de qualificá-las e em­pregá-las”, contou Me­neguelli.

Ele considera fun­damental que se crie uma rede de proteção no Brasil que impeça essa prática.

O que é a Lei da Aprendizagem?

É a lei que determina todas as empresas de médio e grande porte a contratarem uma quantidade de aprendizes equivalente a um mí­nimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de trabalhadores, cujas funções necessitem formação profissional. Saiba mais no site do Ministério do Trabalho e Emprego em http://goo.gl/6igZj5.

Da Redação