Sindicato quer produção familiar de alimentos direto para o trabalhador
Assunto faz parte da parceria entre sindicatos de trabalhadores no campo e na cidade formalizada durante o Fórum Estadual São Paulo pela Reforma Agrária
Rossana Lana / SMABC Rafael, vice-presidente do Sindicato |
Comercializar alimentos produzidos pela agricultura familiar e por cooperativas de assentamentos rurais do Estado de São Paulo de forma direta para a mesa do trabalhador na cidade. Este é o assunto que o vice-presidente do Sindicato, Rafael Marques, irá debater nesta quarta-feira (21), em Brasília.
“Vamos verificar todas as possibilidades para a implantação de uma política agrária que viabilize a venda dos produtos dos assentamentos e da agricultura familiar, sem intermediários”, explicou o dirigente.
A parceria entre sindicatos de trabalhadores no campo e na cidade foi formalizada, em agosto deste ano, durante o Fórum Estadual ‘São Paulo pela Reforma Agrária’ e tem a participação dos Metalúrgicos do ABC.
Segundo Rafael, essa cooperação é vital para qualificar os assentamentos da reforma agrária no Estado e contribuir para o desenvolvimento dos agricultores familiares.
“Temos que garantir que o trabalhador no campo, para além da terra, tenha renda e riqueza para conquistar cidadania plena”, afirmou.
A reunião de quarta também terá como assunto em pauta o mapeamento das terras públicas do Estado de São Paulo que ainda podem ser destinadas à reforma agrária.
A Advocacia Geral da União (AGU) vai apresentar o levantamento destas áreas às entidades que compõem o Fórum.
“Precisamos avançar de forma significativa no desenvolvimento rural em São Paulo, com mais assentamentos e com qualidade de vida neles e por isso estamos juntos”, disse Rafael.
Em julho deste ano, mais de 4 mil trabalhadores, no campo e na cidade, estiveram reunidos na cidade de Lucélia, na região do Oeste Paulista, para cobrar do Governo do Estado, uma política efetiva de reforma agrária.
Da Redação