Sindicato quer que TST entenda o dia a dia da fábrica

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O vice-presidente do Sindicato e presi­dente da Confede­ração Nacional dos Metalúr­gicos da CUT, a CNM-CUT, Paulo Cayres, o Paulão, parti­cipou da posse do presidente do Tribunal Superior do Trabalho, o TST, ministro João Batista Brito Pereira, na segunda-feira, dia 26.

Também estiverem pre­sentes representantes das centrais sindicais, confedera­ções, federações e sindicatos.

Paulão falou sobre a im­portância do diálogo com o judiciário para apresentar o ponto de vista dos trabalha­dores em defesa dos direitos.

Tribuna – Qual a importân­cia de construir uma relação com o TST?

Paulão – É papel dos tra­balhadores atuar em todos os espaços de discussão e negociação. Temos histórico de diálogo e trabalho amplo além da base para construir alternativas melhores para todos. Ocupar os espaços é fazer a luta e defender os trabalhadores.

Ao dialogar com os juí­zes, os dirigentes sindicais podem mostrar a realidade do que acontece no mundo do trabalho para ajudá-los nas decisões. Entendemos que eles têm os elementos para fazer justiça, mas os dirigentes vivem o dia a dia e podem levar as experiênciaspara construir uma relação de diálogo efetivo.

Tribuna – Quais as expecta­tivas com o novo presidente do TST?

Paulão – O TST tem que ser plural e imparcial e espe­ramos que as decisões possam ser mais dialogadas. A dife­rença é que o novo presidente já recebeu os representantes dos trabalhadores assim que tomou posse (confira mais abaixo) e isso é um indicativo positivo. A nossa ideia é conti­nuar dialogando não só com o presidente, mas com todos os ministros do Tribunal.

Tribuna – Como fica a dis­cussão e a luta contra a refor­ma Trabalhista?

Paulão – É importante expor os nossos motivos para não aceitar a reforma Traba­lhista. A medida vai atingir o trabalhador na sua vida e na hora de se aposentar.

Com os efeitos do traba­lho intermitente, por exem­plo, muitos vão ficar fora do mercado de trabalho, ter vários empregos e não conse­guir formar um salário. Não terão condições, inclusive, de recolher para o INSS.

Além disso, são quase mil emendas e uma insegurança jurídica muito grande nessa reforma sem consenso. Para existir o negociado sobre o le­gislado, precisa existir primeiro um movimento sindical forte.

A aproximação com a justiça do trabalho é para defender que, de fato, se faça justiça. Deixamos a nossa posição para que o TST não referende a reforma Traba­lhista que não dialoga com o sentimento da sociedade.

CUT e demais centrais entregam documento contra a reforma Trabalhista

Os representantes da CUT e demais centrais sindicais foram recebidos pelo novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, o TST, ministro João Batista Brito Pereira, um dia após a sua posse.

Os dirigentes entregaram documento com a posição contrária à reforma Traba­lhista. “A audiência foi um sinal positivo de abertura de diálogo, uma porta que havia sido fechada para o movimento sindical pelo ex-presidente do Tribunal, Ives Gandra”, disse o secretário de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle.

Segundo Valeir, Brito Pereira garantiu que o TST, por meio de uma comissão especial, deve equacionar as questões relativas à refor­ma, especialmente com a revisão de súmulas e orientações.

“Ele ressaltou a importância de a comis­são especial promover uma audiência pú­blica para os ministros ouvirem de maneira ampla todos os interessados”, contou.

Da Redação.