Sindicato reage ao autoritarismo da Weg

O Sindicato cancelou ontem a assembleia de PLR que seria realizada entre os trabalhadores na Weg, em São Bernardo, depois que a direção da empresa quis interferir na forma de votação a ser realizada.

A Weg vem adotando uma política de intimidação, com pressão e ameaça de demissão de companheiros que divergirem do sistema atual de PLR.

“A fábrica perdeu o senso comum nas relações trabalhistas e agora avançou de vez o sinal, criando uma situação conflituosa”, protestou Moisés Selerges, coordenador de São Bernardo.

Ele lembrou que uma antiga reivindicação do pessoal é valor de PLR igual para todos, já que na Weg os trabalhadores recebem valores diferenciados. 
“Neste ano decidimos fazer a votação com urna, para o trabalhador não se expor perante à fábrica no caso de uma votação por aclamação, e que prevalecesse a opinião de fato da maioria”, afirmou. A empresa disse que não aceitaria a foram de votação e o Sindicato decidiu suspender a votação de ontem.

Para Moisés, a direção da fábrica teme que os trabalhadores aprovem valor igual para todos, pois ela não quer isso. “Essa postura acaba com o discurso da direção da Weg de que os trabalhadores formam uma grande família. Do jeito que está, uns comem filé e outros não”, avisou.

Ele acredita que essa posição não reflete a multinacional brasileira que é a Weg , que está presente com produção e representação em quase 200 países, com milhares de trabalhadores.

O Sindicato vai aguardar até amanhã. Caso a empresa persista no autoritarismo, os trabalhadores vão dar uma resposta.