Sindicato realiza intercâmbio no setor de ferramentaria em Portugal e na Alemanha

Na pauta, melhorias ao setor nacional e a criação de políticas públicas junto ao governo federal

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Os Metalúrgicos do ABC, em ação promovida pela Abinfer (Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais), conheceram no mês de junho as novas tecnologias em ferramentaria ofertadas por Portugal e Alemanha. O intercâmbio é para trazer melhorias ao setor nacional e criar políticas junto ao governo federal à renovação do parque de máquinas para que o Brasil se torne competitivo em todo o mundo.

O CSE na Volks e membro da Direção eleita do Sindicato, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, participou das atividades nos dois países. “Um recorte interessante é que Portugal criou um grande mercado de ferramentaria e hoje exporta moldes para a China, por exemplo. Como eles conseguiram isso? Se organizando de uma maneira que os empresários vissem a possibilidade de se tornar competitivos tanto em custo quanto em valores”, contou.

“A sacada em Portugal foi criar um grande mercado de ferramentaria, de moldes de estampagens e plásticos, onde qualquer pessoa de qualquer lugar do mundo consiga encontrar o que quiser no país referente ao setor”, disse. “Com o fortalecimento dessa cadeia de valores e investimentos em máquinas de alta performance, hoje Portugal alcançou com êxito a exportação de ferramentais”.

Alta performance

Na Alemanha, Bigodinho e toda a delegação participaram da GIFA 2023, realizado na cidade de Düsseldorf, de 12 a 16 de junho. A feira apresentou novidades de empresas alemães e outros países relacionadas aos setores de soldas, bens de consumo, metalurgia, energia, tecnologia de mineração, fundição e metais.

“A Alemanha já tem uma ferramentaria bem estruturada, com máquinas de alta performance”, destacou o diretor. “Para o Brasil continuar sobrevivendo e entendendo que o setor de ferramentaria é importante, tem que ter investimentos do setor privado e governo federal. Só assim, poderemos renovar o nosso parque de máquinas que hoje envelheceu e está acima dos 17 anos, sendo que é preciso cair para dez, 11 anos”.

Resultados

“A indústria de ferramentais é de base a toda a produção. É comprovado que o setor contribui para a inovação, o lançamento de novos produtos e é o que faz o país ser diferente”, lembrou o presidente da Abinfer, Christian Dihlmann.

“É importante a união de todas as entidades, os governos em todas as suas esferas, indústria, trabalhadores, centros de pesquisa, só que ainda mais importante é que a gente faça um planejamento para que o setor tenha resultados esperados”, concluiu Dihlmann.