Sindicato realiza plenária com trabalhadores no Grupo Movent

Em plenária com os trabalhadores e trabalhadoras no Grupo Movent, na Regional Diadema, na última segunda-feira, dia 4, o Sindicato explicou como foram as discussões com a empresa e o Ministério do Trabalho em mesa-redonda na sexta-feira, 1º.

O coordenador da Regional Diadema, Antonio Claudiano da Silva, o Da Lua, destacou a importância da unidade e da solidariedade na luta por direitos, contra as demissões em massa, pela retomada do convênio médico e de condições para a retomada da produção na empresa.

“Reafirmamos o nosso compromisso de continuar lutando em defesa dos direitos e dos empregos e discutimos ações que estamos tomando para que pessoas que cometem esse tipo de atrocidade, de lesar os direitos dos trabalhadores, venham a ser punidos”, afirmou.

O Departamento Jurídico do Sindicato tirou dúvidas em relação aos direitos e da questão processual de como se dá uma recuperação judicial, solicitada pela empresa.

Desde o dia 17 de novembro, foram cerca de 190 demissões por telegramas, inclusive pessoas com estabilidade no emprego, como trabalhadoras grávidas, companheiros com câncer, reintegrados pela justiça, vítimas de acidente de trabalho com redução da capacidade laboral, afastados pelo INSS, representantes sindicais e cipeiros.

O deputado federal e ex-presidente dos Metalúrgicos do ABC, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, participou da plenária e fez uma fala de solidariedade e apoio à luta dos companheiros e companheiras. No plenário da Câmara dos Deputados, na semana passada, o parlamentar também fez um pronunciamento sobre o caso.

“A empresa se chama Movent, essa empresa merece ser denunciada na Organização Internacional do Trabalho. Merece ser denunciada na Justiça do Trabalho, porque não é possível aceitar tanto desrespeito aos trabalhadores e às trabalhadoras, que são altamente capacitados, ótimos profissionais e que não podem ser tratados dessa maneira. Por isso, a minha solidariedade, o meu abraço a esses companheiros. A Movent não pode cometer este crime contra os trabalhadores e contra as trabalhadoras. O meu protesto”, afirmou.

Campanha de solidariedade

O Sindicato iniciou uma campanha de solidariedade para arrecadar alimentos não perecíveis aos companheiros e companheiras demitidos e também aos que estão sem receber salários. As doações podem ser entregues na Sede, nas Regionais e aos representantes do CSEs nas empresas.

“Destacamos a solidariedade da nossa base, dos Comitês Sindicais das regionais e das montadoras que já se prontificaram em contribuir com cestas básicas em apoio aos companheiros e companheiras demitidos e não demitidos. A situação é ainda mais trágica para os que não foram demitidos, que não têm condições de dar entrada no seguro-desemprego e no saque do FGTS”, explicou Da Lua.