Sindicato reivindica mais estímulos para o setor de caminhões

Exportações decepcionam e o presidente Sérgio Nobre cobra novas medidas para o setor

As baixas vendas de ônibus e caminhões no País levaram o Sindicato a cobrar medidas para o setor que vão além da redução do IPI. Uma delas, R$ 1 bilhão para a renovação da frota de ônibus urbanos, saiu na semana passada.

“É preciso mais, pois a saída é aumentar o mercado interno para compensar o que será perdido com as exportações. Isso só será possível com uma política específica para o setor”, analisa Sérgio Nobre, presidente do Sindicato.

A redução do IPI proporcionou às montadoras o melhor primeiro trimestre de sua história. Para caminhões, no entanto, os resultados não foram os mesmo. No exterior, a crise econômica mundial praticamente cortou pela metade o mercado aos caminhões e ônibus brasileiros.

Quedas
Até o ano passado, a Scania vendia pouco mais da metade de sua produção para o exterior. A Ford anulou as previsões de crescimento feitas ano passado, enquanto a Mercedes também projeta produção menor.

Em comparação com os dois primeiros meses do ano passado, neste primeiro bimestre as exportações para a Argentina caíram 62%, para o México, 43% e para a União Européia, 34%.

Anfavea projeta queda na produção total deste ano, em comparação com o ano passado. A entidade prevê a fabricação de 2,8 milhões de unidades, 12% a menos que as 3,2 milhões do ano passado, que marcou um recorde histórico.

Exportações caminhões
1° trimestre 2009 – 2.643
1° trimestre 2008 – 7.720

Exportações de ônibus
1° trimestre 2009 – 1.104
1° trimestre 2008 – 2.373
Fonte: Anfavea

Da Tribuna Metalúrgica