Sindicato reivindica que planos de saúde não sejam reajustados
Os Metalúrgicos do ABC encaminharam a parlamentares da Câmara, do Senado e da Assembleia Legislativa de São Paulo a reivindicação para que a pandemia do coronavírus não incida sobre o reajuste dos planos de saúde. O debate deve ser levado à comissão do Congresso responsável pela discussão dos planos de saúde.
Queremos que nenhum plano de saúde seja reajustado neste momento. E que os custos com o coronavírus não sejam considerados para efeitos de reajuste nos planos de saúde, tanto os individuais quanto os empresariais”, defendeu o presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.
Os planos individuais são corrigidos com base na orientação da ANS (Agência Nacional de Saúde), que geralmente acontece em junho para vigorar a partir de julho. Já nos planos empresariais, é feito recálculo no vencimento anual do contrato. O percentual divulgado pela ANS é o máximo que pode ser aplicado pelas operadoras. Para o cálculo do reajuste são utilizados três pontos: inflação, custos médicos e a sinistralidade.
“Como o coronavírus implica em utilização massiva de UTIs, os planos médicos podem ter reajustes estratosféricos se não houver orientação do governo para retirar esses custos da sinistralidade”, afirmou.
“Neste momento de pandemia, reforçamos a defesa intransigente do SUS, da saúde pública e universal, mas tem uma parcela de trabalhadores que usa a saúde privada. E os convênios não podem querer ganhar mais dinheiro das pessoas”, concluiu.