Sindicato seguirá firme na fiscalização e cobrança da efetivação das políticas públicas voltadas à classe trabalhadora
Após resultados das urnas, Metalúrgicos do ABC destacam vitória da democracia e importância do comparecimento às urnas
Prefeitas e prefeitos eleitos, agora é hora de fiscalizar e cobrar que as políticas públicas voltadas à classe trabalhadora sejam, de fato, efetivadas. Após o intenso processo eleitoral, o Sindicato destaca o exercício da democracia, e lembra que seguirá firme na defesa dos projetos que representam os interesses dos trabalhadores.
O secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC, Claudionor Vieira, frisou que isso ocorrerá a despeito dos posicionamentos políticos. “Independentemente das pessoas eleitas na última eleição, o papel do Sindicato é continuar vigilante, ativo e cobrando que honrem os compromissos assumidos nas campanhas”.
“Nós, enquanto representantes dos trabalhadores, temos que cobrar porque a vida dos trabalhadores não é só na fábrica. O trabalhador sai da fábrica e volta para o bairro, no bairro ele precisa de iluminação, saneamento, segurança pública, escola de qualidade para os filhos, transporte, esporte e lazer. É preciso que a população se atente a isso para que o voto tenha valor. Além do comparecimento às urnas, a sociedade deve continuar vigilante e cobrar os compromissos assumidos”.
Abstenções
Na região do ABC, assim como na cidade de São Paulo, o percentual de abstenções girou em torno de 30% a 40%, isso somados os eleitores que não foram votar, anularam ou votaram em branco.
“Uma preocupação que temos é que, a cada eleição, está aumentando o número de abstenções. Isso é ruim porque o povo precisa ter ânimo para votar, o voto é muito importante, foi uma conquista histórica dos trabalhadores”, defendeu Claudionor.
O dirigente lembrou ainda que esse desinteresse por parte considerável da população está ligado à criminalização da política nos últimos dez anos. “O processo de criminalização da política foi muito forte, principalmente pela mídia tradicional. Tudo isso resultou no surgimento da extrema-direita raivosa no nosso país. E também é responsável, de certa forma, por causar o desinteresse da população de se dirigir até a zona eleitoral para votar”.
“Só a partir do voto e da política é possível transformar e mudar a vida do povo. Fora o sistema eleitoral do voto direto, democrático e soberano, só existe um caminho que não ajuda e não serve para nós, que é o regime totalitário”, reforçou.
Claudionor concluiu que aqueles que não se posicionam também ajudam a decidir a eleição. “O não se posicionar também é um posicionamento político, mas um posicionamento ruim. Porque acaba ajudando por uma definição no final do processo, que muitas vezes elege alguém por força da não manifestação popular no voto. O eleitor que não se posiciona ajuda a eleger quem não tem responsabilidade social e nem compromisso com o povo”.