Sindicatos pedem para que G20 incentive recuperação da economia

As entidades também afirmam que a cúpula do G20 é uma oportunidade de avançar rumo a um modelo econômico mais justo e sustentável

Organizações sindicais de todo o mundo esperam que a reunião do G20 (grupo que reúne representantes de países ricos e principais emergentes) no dia 2 de abril, em Londres (Reino Unido), incentive a recuperação econômica e pedem aos governos para que nacionalizem os bancos insolventes e endureçam a regulação financeira, diz uma declaração da CSI (Confederação Sindical Internacional) e do comitê consultivo sindical para a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).

As entidades também afirmam que a cúpula do G20 é uma oportunidade de avançar rumo a um modelo econômico mais justo e sustentável.

As centrais sindicais nacionais levarão hoje suas reivindicações a seus respectivos Governos e farão uma ação conjunta neste sábado em Londres.

Os sindicatos confiam em que este grupo de países industrializados e em desenvolvimento (entre eles o Brasil) seja capaz de elaborar um plano coordenado para sair da crise e incentivar a criação de emprego.

As entidades propõem um novo sistema normativo para a economia global, com o requisito prévio de reformar as principais instituições financeiras internacionais –o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Mundial, a OCDE e a OMC (Organização Mundial do Comércio).

Os órgãos sindicais também pedem atenção ao risco de queda dos salários e mais compromisso na luta contra a mudança climática.

“Se o G20 não agir de forma decisiva em Londres, não terá estado à altura de suas responsabilidades”, disse hoje, em comunicado, o secretário-geral da CSI, Guy Ryder. Ele insistiu em que só um fórum como este tem a capacidade para substituir “o fracassado neoliberalismo do passado por uma nova direção para o processo de globalização”.

Segundo os sindicatos, a recuperação econômica é possível, mas só o emprego e o investimento público se tornarem prioridades e se existir um apoio especial às economias emergentes.

Da EFE