Sindicatos querem rearticular Câmara Regional ABC
Um grupo de sindicatos
da região das várias centrais
sindicais vai entregar
aos candidatos petistas nas
sete cidades do ABC, na semana
que vem, documento
unitário com propostas dos
trabalhadores para o fortalecimento
econômico e social
da região.
Com o gesto, explica
Rafael Marques, secretário-geral
do nosso Sindicato,
os sindicalistas darão um
primeiro passo para reativar
a Câmara Regional do ABC,
que teve sua atuação esvaziada.
Criada há 11 anos, a
Câmara foi pensada para ser
um fórum com a participação
de toda a sociedade em
busca de soluções para vários
problemas da região.
“O modelo de política
desenvolvida por meio
do Consórcio de Prefeitos,
Câmara Regional e Agência
de Desenvolvimento
Econômico do ABC representou
um marco de atuação
regional porque foram
desenvolvidos projetos e
obras com participação do
poder público em conjunto
com importantes setores
da sociedade”, considera
Rafael.
Desinteresse –
O fato é que nos últimos tempos essa participação
da sociedade foi
reduzida.
De acordo com Márcio
Chaves Pires, diretor
do Consórcio de Prefeitos,
há uma variedade de projetos
em andamento, porém
como resultado da ação de
determinados grupos e não
de uma ação articulada entre
os agentes da região.
As disputas políticas,
por outro lado, transgridem
os consensos tão necessário
para a atuação regional, outra
razão que colabora para
o desinteresse ou esvaziamento
na participação.
Na mão –
Exemplo disso foi a
última pauta que os trabalhadores
entregaram, ainda
em 2006, quando o prefeito
de São Bernardo, Willian
Dib, era o presidente do
Consórcio.
“Nada daquilo andou
até agora”, lamenta Paulo
Dias, ex-diretor do Sindicato,
um dos sindicalistas
que elaboraram a pauta de
36 pontos, também como
tentativa de levar um gás à
Câmara Regional.
A posição do prefeito
de Santo André, João Avamileno
(PT), atual presidente
do Consórcio, vai ao
encontro da pretensão dos
sindicalistas de reaproximar
a sociedade civil nos debates
regionais.
Mas, ele mesmo reconhece
que, em ano eleitoral,
esse desafio é redobrado.
O secretário-geral do
Sindicato acredita que a
agenda eleitoral, ao mesmo
tempo, é uma oportunidade
de comprometer as candidaturas
com a articulação
regional.