Sindipeças sobre tarifaço de Trump: “Barba de molho”

Sem vislumbrar uma solução no âmbito governamental para o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente do Sindipeças, Cláudio Sahad, disse que a saída, no momento, é deixar a “barba de molho”. E complementou: “Quando a poeira está no ar o movimento é de espera”.

Deixou claro que a entidade não tem o que fazer por enquanto, mas garantiu que as associadas do Sindipeças estão negociando com os clientes dos Estados Unidos, ou seja, as montadoras lá instaladas, para mostrar que as sobretaxas de 50% impostas às autopeças de veículos acima de 5 toneladas e de 25% no caso dos automóveis prejudicarão a todos.

“Nossas empresas estão conversando com as empresas de lá para tentar encaixar os componentes brasileiros na lista de exceções. Se depender de negociação do governo, não vai ficar muito tempo do jeito que está. Por isso estamos tentando esse caminho de convencer os clientes a negociar soluções alternativas lá nos Estados Unidos”, comentou Sahad.

De acordo com o Sindipeças, a tarifa sobre autopeças cobrada pelo governo estadunidense era de 2,5% até haver a sobretaxa de maio de 10% para componentes para veículos acima de 5 toneladas e de 25% no segmento de automóveis. Com os 50% para os pesados aplicados a partir deste mês, as alíquotas estão em, respectivamente, 52,5% e 27,5%. As sobretaxas efetivamente vão prejudicar as exportações para os Estados Unidos, o segundo maior mercado do Brasil, com compras da ordem de US$ 1,4 bilhão no ano passado.

Do AutoIndústria