Só controle social melhora sistema de saúde no País

Domingo, dia 7, é o Dia Mundial da Saúde. No País, o SUS – Sistema Único de Saúde, concentra toda a atividade de saúde pública desde a Constituição de 1988.

“Vale lembrar que o SUS começou a ser idealizado por movimentos sociais ainda na década de 1970 e já encontrava sérios opositores, principalmente no setor privado, área que na Constituição figura apenas como atividade suplementar ao sistema público”, observa Amarildo Sesário de Araújo (foto), diretor executivo e membro do Conselho de Saúde do Sindicato. 

O dirigente lembra que no primeiro mandato de FHC, o SUS sofreu sérios ataques privatizantes. Com o orçamento reduzido em cerca de 40%, o governo da época criou impostos como a CPMF, a CSLL e a COFINS para cobrir o rombo na saúde, que inicialmente supriram apenas 80% das necessidades do sistema.

“Depois nem isso, uma vez que esses recursos eram desviados para o pagamento da dívida pública”, prossegue Amarildo. 

Privados
Com isso, a contratação de serviços de saúde privados cresceu. Os convênios com Organizações Sociais de direito privado fizeram do SUS um sistema de saúde imune aos controles sociais e do próprio governo. 

“Mesmo com os esforços dos presidentes Lula e Dilma, a saúde pública ainda possui muitas dificuldades para avançar e não acompanha o avanço de outras políticas públicas”, afirma Amarildo. 

Hoje mais de 50% da população tem acesso à saúde privada, principalmente através de planos e seguros de saúde, que são, em sua maioria, coletivos, contratados pelas empresas.

Da Redação