Só mobilização garante avanços

Os trabalhadores envolvidos na campanha salarial unificada vão precisar de muita mobilização para avançar nas conquistas. As assembléias que acontecem diariamente devem aquecer a mobilização no período em que ocorrem as nego-ciações. A campanha exige a reposição total da inflação, aumento real, ampliação das conquistas e antecipação da data-base. Estas e outras reivindicações estão na pauta entregue terça-feira para a Fiesp. A campanha está centrada em três grandes eixos:

>> Garantia do poder de compra
20% de reposição e aumento real em uma única vez.

>> Ampliação das conquistas
Além de manter todas as cláusulas da convenção em vigor, os trabalhadores querem avançar nas conquistas sociais, de condições de trabalho e nas garantias à nossa organização no local de trabalho.

>> Antecipação da data-base
A reivindicação é que nossa data-base mude de novembro para setembro, um mês melhor para nossas negociações.

>> Negociações serão difíceis

“Vamos esticar a corda o máximo que der, pois os patrões já sinalizaram que não vão atender as nossas reivindicações”, avisou Adi dos Santos Lima, presidente da Federação dos Meta-lúrgicos da CUT (FEM).

Ele disse que a campanha salarial será dura: “Os patrões dizem que não podem pagar a inflação toda, e em seguida falam que a reposição não será de uma vez”.

Adi adiantou que quer a reposição de uma vez só, e já a partir de outubro. “A antecipação da data-base está sendo debatida há três anos e os trabalhadores estão cansados de esperar”, comentou o presidente da FEM.

Ele afirmou também que uma das formas de combater a crise é aumentar o poder de compra dos trabalhadores, o que faz a economia se movimentar.