Só mobilização vai superar dificuldades
Assembléias com trabalhadores na Mercedes-Benz, na HL, de São Bernardo e na Max Precision, de Diadema marcaram o dia da primeira negociação entre Federação dos Metalúrgicos da CUT e grupo 5, reunindo autopeças, parafusos e forjaria, e grupo 9 de máquinas e eletroeletrônicos.
Os metalúrgicos do Estado estão junto às categorias que têm data-base no segundo semestre, o que aumenta nossa força na mesa de negociação.
“Queremos reposição e aumento real que somam 20%, queremos antecipação da data-base e elevação do nível de emprego”, disse o presidente da FEM, Adi dos Santos Lima.
Adi comentou que a reposição salarial é sagrada: “Nossa reivindicação é reajuste de 20% para uma inflação de cerca de 16%”.
Ele acredita que não haverá mais empecilho para a antecipação da data-base, já que este ano trabalhadores e patrões de toda a cadeia produtiva estão unidos: “Este ano não tem desculpa”.
>> “Se precisar, vamos esticar a corda”
Adi quer todo apoio dos trabalhadores no chão de fábrica, pois prevê uma campanha difícil. “Temos uma história de superação de crises e parece que seremos testados mais uma vez”.
Ele não gostou do primeiro encontro com os representantes dos grupos 5 e 9. “Os patrões choraram o tempo inteiro e isso não é um bom sinal”, disse ele.
O presidente da FEM acredita que só uma campanha forte vai garantir o atendimento das nossas reivindicações.
“Se eles esticarem a corda de um lado, nós vamos esticar do outro”, avisou Adi.