Só reposição, aumento mixo e nada mais

O presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT), Adi dos Santos Lima, considerou uma provocação a proposta final dos patrões do Grupo 9.

“Os 8% de reajuste sobre os salários de novembro têm aumento real menor que 2%, quando a maioria da categoria já garantiu 4% de real”, salientou Adi.

Na negociação de ontem, o grupo limitou a oferecer apenas o reajuste e negou os demais pontos da pauta. Sobre a mudança da data-base, disseram que querem deixar a negociação para o ano que vem.

Para o controle de horas-extras e empresas de terceiros, os patrões propuserem uma agenda de negociação fora da campanha salarial. Também negaram a unificação dos atuais três pisos num único valor para todo o Estado.

“A saída agora é organizar a greve em todo o Estado”, disse o dirigente lembrando que não está prevista nenhuma volta à mesa de negociação.

Enquanto o Grupo 9 se mantém intransigente, os metalúrgicos continuam mobilizados. Os companheiros na Magnet, de São Bernardo, estão parados. Eles exigem o mesmo acordo já assinado com 54 empresas na base que traz 4% de aumento real, reposição de perdas e mudança da data-base para setembro.

Acordo neste termos foi assinado na quarta-feira com a Folflex, de Diadema, fábrica do Grupo 9.

A FEM negocia hoje com o Grupo 10, que garantiu apresentar um proposta econômica.