Sob pressão da classe trabalhadora, Senado não vota MP da Carteira Verde e Amarela

A votação da Medida Provisória 905 da Carteira Verde e Amarela, que estava na pauta da votação de hoje no Senado, foi derrubada após pressão das centrais sindicais e dos partidos de oposição apoiados pela classe trabalhadora.

Aroaldo Oliveira da Silva, secretário-geral do Sindicato
Foto: Adonis Guerra

A votação da Medida Provisória 905 da Carteira Verde e Amarela, que estava na pauta da votação de hoje no Senado, foi derrubada após pressão das centrais sindicais e dos partidos de oposição apoiados pela classe trabalhadora. 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), acatou uma questão de ordem apresentada pelos líderes da oposição ao governo. Como a validade da medida, encaminhada pelo governo Bolsonaro no fim do ano passado, termina no dia 20, próxima segunda-feira, a MP pode caducar.

Alcolumbre havia acelerado a votação, ignorando os apelos da CUT, demais centrais e da bancada de oposição que protestavam contra a votação de uma medida que tira direitos de trabalhadores em um momento de crise econômica que vem provocando mais desemprego e redução de renda.

“Toda nossa pressão foi ouvida. Agradecemos a todos que ajudaram cobrando seus senadores. Essa é uma vitória momentânea, já que ainda tem bancada e partido querendo votar na semana que vem. Precisamos continuar a pressão para mostrar que esse é mais um desmonte nos direitos dos trabalhadores”, declarou o secretário-geral do Sindicato Aroaldo Oliveira da Silva.

A MP da Carteira Verde e Amarela, também chamada de Programa Verde e Amarelo, é o contrário disso. A medida flexibiliza o pagamento de direitos trabalhistas e contribuições sociais, ou seja, reduz os custos para os patrões, com o pretexto de que, com isso, estimula a contratação de jovens de 18 a 29 anos e trabalhadores com mais de 55 anos.