Sob pressão dos EUA, BYD diz que não exportará carros feitos no México
O temor de uma “extinção” dos fabricantes americanos chegou até a Casa Branca, quando notícias vindas do México diziam que montadoras chinesas como BYD, GWM e MG (SAIC, é claro), estavam se preparando para instalar fábricas no país. Com a confirmação oficial da BYD, as montadoras americanas entraram em DEFCON 3, acionando diretamente Washington diante da ameaça chinesa do outro lado da fronteira ao sul.
Diante da repercussão, que gerou projetos de lei para taxar os carros chineses em até 100% e outras medidas ainda não conhecidas, a BYD se manifestou sobre a situação, buscando apaziguar os ânimos nos states. Stela Li, CEO da empresa na região, disse à Reuters, que a BYD não planeja exportar carros fabricados no México para o mercado americano. E disse mais, afirmando que a montadora procura locais no centro e sul do México, longe da fronteira americana ao norte.
Parece estranho, mas posicionar-se dessa forma, lembra até uma movimentação militar. Mas, no cenário mexicano, significa não enviar carros aos EUA, uma vez que a maioria dos fabricantes que visam o mercado americano, se instalam perto do Texas, especialmente em Nuevo León. Ainda assim, montadoras como a Ford, ficam bem mais distantes no centro do país latino e mesmo assim, as linhas de trem partem diretamente para estrela solitária e o Colorado.
Mesmo assim, a Alliance for American Manufacturing, grupo que defende a indústria americana, está fazendo pressão sobre parlamentares e o presidente para evitar que os chineses cruzem a fronteira mexicana. Li afirmou que a BYD fará somente carros para atender o mercado mexicano, cuja fábrica terá capacidade para 150.000 carros por ano. No México, a marca lançou o Dolphin Mini por US$ 20.990 ou R$ 104,3 mil.
Do Notícias Automotivas