Sob repressão policial, CUT impede votação do projeto de precarização
A sessão que votaria o projeto de lei (PL) 4.330, que precariza as relações de trabalho foi cancelada ontem após tumulto e pancadaria na porta do Congresso Nacional.
“É uma vitória dos trabalhadores. Impedimos a votação do projeto, mas o texto pode ser votado nesta quarta-feira. Por isso a mobilização continua”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.
O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, a CCJ.
Agressões
Por volta das 14h30 de ontem, as polícias militar e legislativa formaram um cordão de isolamento na entrada do Anexo 2 da Câmara dos Deputados, que dá acesso à CCJ, para impedir a entrada da militância da CUT.
Para tentar barrar a manifestação, os policiais usaram gás de pimenta e violência, provocando tumulto e correria, o que provocou ferimentos em vários militantes cutistas.
O diretor executivo da CUT, Sheakespeare Martins de Jesus, por exemplo, foi agredido por policiais quando tentava entrar na Câmara.
“A polícia me empurrou, me jogou no chão. Cai, bati a cabeça, levei chutes e pontapés dos policiais”, contou.
Acampamento
Após o cancelamento da votação, a militância da CUT retornou ao acampamento montado em frente ao Congresso Nacional para prosseguir a vigília organizada contra a votação do PL 4.330
Os manifestantes permanecerão acampados no local para acompanhar uma possível votação e pressionar os parlamentares pelo voto contrário ou pela retirada do projeto.
Da Redação