Soltura de Lula completa um ano e mundo pede anulação de sentenças

Em oito de novembro de 2019, após 580 dias mantido preso político em Curitiba, o ex-presidente Lula foi solto, e, no dia seguinte, voltou para os braços do povo, exatamente de onde foi levado, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Foto: Adonis Guerra/SMABC

No domingo, data que completou um ano da sua liberdade, integrantes da Vigília Lula Livre participaram de uma live com o ex-presidente “Lula, estamos em resistência – Lula está solto, mas não está livre. Vigília resiste”.

O presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, destacou o envolvimento da vigília durante todo o período e no pós-soltura. “Insistimos em continuar porque a vigília era muito mais do que um ato de solidariedade, era um ato político, de contestação em relação ao injusto processo, prisão e perseguição a Lula. Sua prisão significava um ataque direto aos direitos dos trabalhadores e à classe trabalhadora. A vigília tinha sua sede em Curitiba, mas acontecia nos sindicatos, associações de bairro, várias entidades Brasil afora.

“Aqui continuamos a defender a liberdade plena de Lula, que significa defender a liberdade dos trabalhadores lutarem por direitos nas empresas, por saúde, por terra, por teto, por educação pública de qualidade. A representatividade que tem a liberdade plena de Lula significa a liberdade da classe trabalhadora continuar lutando pelos seus direitos”, reforçou.

Fala Lula

Em suas redes sociais, Lula postou: “A essa altura todo mundo já deveria ter entendido que minha prisão não teve nada a ver com um processo jurídico…Nunca entendi aquilo como uma prisão, sempre soube que era um interdito para que eu não fosse candidato. Pra impedir o povo de me eleger presidente”.

Foto: Adonis Guerra/SMABC

Manifesto pela anulação das sentenças

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes deve receber hoje um manifesto em apoio a Lula, assinado por 400 lideranças políticas de entidades, associações e universidades de 46 países da América Latina, África e Europa. O manifesto defende a anulação das sentenças do ex-presidente na Lava Jato.