Somos 100 mil
Categoria volta a atingir a marca de 100 mil metalúrgicos. Crescimento dos postos de trabalho a partir de 2003 consolida recuperação econômica depois dos estragos das políticas neoliberais dos anos 90.
Neste mês de julho
nossa categoria somou 100
mil trabalhadores na base,
que envolve as cidades de
São Bernardo, Diadema,
Ribeirão Pires e Rio Grande
da Serra.
O número é da pesquisa
feita pela subseção Dieese
do Sindicato com base
nos dados da RAIS – Relação
Anual de Informações
Sociais e do Caged – Cadastro
Geral de Empregados e
Desempregados.
O mês de maio terminou
com 99.752 metalúrgicos
na categoria. “Como as
contratações continuaram,
alcançamos a marca dos
100 mil agora em julho”,
comemora Sérgio Nobre,
presidente do Sindicato.
A consolidação desse
número indica que a recuperação
dos postos de
trabalho está fazendo bem
para todo o País, já que a
abertura de uma vaga no
setor automotivo influencia
positivamente outras contratações
na cadeia.
Volta por cima – A marca dos 100 mil
metalúrgicos mostra que a
categoria superou sua fase
mais difícil desde a instalação
das montadoras no
ABC na década de 50.
Em 1989, no final do
governo Sarney, éramos 159
mil metalúrgicos na nossa base.
Collor assumiu em março
do ano seguinte e escancarou
as importações sem qualquer
critério, o que provocou o
fechamento de empresas e
demissões em massa.
Quando 1990 termina,
a categoria perde 40 mil empregos
e fica reduzida para
119 mil. Collor é colocado
para fora em 1992, Itamar
assume e a instabilidade
econômica continua. Quando
FHC toma posse, em
1995, a base reúne 110 mil
trabalhadores e continua a
diminuir.
A política neoliberal
recessiva enxuga a categoria
ano a ano. Em 2003, quando
Lula entra, são apenas 77
mil metalúrgicos. Em comparação
com 1989 somos
menos da metade.
O governo Lula coloca
o País nos trilhos do desenvolvimento,
a queda de
desemprego é revertida e o
setor automotivo retoma as
contratações. Em 2007, ao
final do primeiro mandato,
a base já havia aumentado
para 95 mil e agora alcança
os 100 mil.
“As contratações também
elevaram a massa salarial.
Mensalmente, são injetados
na economia, só de
salários, R$ 283 milhões, sem
contar os valores das participações
nos lucros e resultados”,
lembra Sérgio Nobre.