Stellantis compra parte da montadora uruguaia Nordex
Além de vans e picapes Peugeot, Fiat e Citroën, empresa monta utilitários da Ford e Kia
O plano Next Level da Stellantis para a América do Sul, divulgado na quinta-feira, 25, visa aumento da participação nas vendas de todas as cinco marcas do grupo presentes na região via oferta de novos produtos, melhoria e agregação de serviços e do pós-venda, desenvolvimento de tecnologias de baixas emissões e sustentabilidade financeira. Para isso, afirma Emanuelle Cappellano, presidente da Stellantis na América do Sul, a empresa se apoiará em melhor e mais qualificada estrutura produtiva ou o que prefere chamar de “excelência operacional” no Brasil e Argentina.
Leia-se: fábricas mais eficientes, limpas, compartilhando recursos e tecnologias de modo a aprimorar qualidade e ao mesmo tempo reduzir os custos produtivos para propiciar competitividade. As ações e investimentos para isso não se restringirão do portão para dentro das três fábricas brasileiras e duas argentinas de veículos. Estão previstos ainda importantes movimentos externos, como parcerias em vários segmentos, de insumos a serviços, e até mesmo aquisições de empresas que potencializem e acelerem os meios para a Stellantis cumprir seu planejamento.
Alguns desses movimentos já estão em curso ou foram concretizados recentemente, como a compra das redes de serviços e distribuição de autopeças DPaschoal no Brasil e Norauto, na Argentina. Outro, talvez o mais relevante, é a compra de boa parte da Nordex, montadora uruguaia que por seis décadas dispõe sua estrutura para a montagem de veículos de várias marcas e fabricantes. Cappellano confirmou que a Stellantis adquiriu praticamente a metade da empresa fundada em 1962 e que tem como principal acionista o empresário argentino Manuel Antelo.
O executivo não revelou qualquer outro detalhe, nem mesmo valores e o porcentual preciso adquirido, da negociação iniciada no fim do ano passado e concluída nas últimas semanas. A Nordex se tornou estratégica para a Stellantis no segmento que representa quase a metade das vendas do grupo no Brasil, maior mercado da região. Só no ano passado, foram negociados no País 221 mil picapes e utilitários, 46% dos mais de 482 mil veículos vendidos pelas cinco marcas com produção regional.
Do AutoIndústria