Stellantis e sindicato elevam o tom em debate sobre renovação de contratos

Partes negociam até setembro direitos e concessões aos trabalhadores do setor automotivo de Detroit, nos Estados Unidos

As três grandes montadoras instaladas em Detroit (EUA) – General Motors, Ford e Stellantis – estão em negociação com o sindicato dos trabalhadores local, o UAW, para renovação do contrato dos funcionários. As conversas com a Stellantis subiram o tom nesta semana.

As propostas do sindicato foram enviadas na semana passada às empresas, e versam sobre direitos como folga remunerada, aumentos salariais, direito à greve e redução da jornada de trabalho semanal para 32 horas. Segundo o site Automotive News, a Stellantis teria sido a primeira a se manifestar a respeito da lista da entidade, na terça-feira, 8.

A empresa propôs cortes na cobertura médica, no pagamento da participação dos lucros e aumento da participação de funcionários temporários. “As propostas da Stellantis são um tapa na cara. Tudo o que eles apontam neste documento é sobre concessões. Vou arquivá-lo em seu devido lugar. É lá a que ele pertence, o lixo, porque é isso que é”, disse o presidente do sindicato, Shawn Fain, em transmissão online.

A montadora também aponta no documento que o absenteísmo, que é o indicador que mede a quantidade de faltas e atrasos nas fábricas, é alto em sua operação. E que, por causa do cenário, teria deixado de produzir mais de 16 mil veículos entre 2021 e 2022. As conversas com as montadoras devem ser encerradas na primeira quinzena de setembro.

Do Automotive Business