Stellantis investe em startup que desenvolve baterias de lítio-enxofre
Unidades feitas pela Lyten são feitas em grafeno tridimensional e, segundo a empresa, são mais leves que dispositivos convencionais e têm maior densidade energética
A Stellantis anunciou na quinta-feira, 25, que fez um aporte na Lyten, startup focada no desenvolvimento de baterias de lítio-enxofre. A empresa diz que, por serem feitas com grafeno tridimensional, as unidades de alta densidade são mais leves e demandam materiais mais “simples”. O aporte foi feito pela Stellantis Ventures, fundo de capital de risco da Stellantis.
Números referentes ao negócio não foram divulgados. No entanto, em comunicado sobre a fusão, a gigante automotiva diz que terá papel “significativo” nesta rodada de investimentos da Lyten. De acordo com a Stellantis, a produção das baterias de lítio-enxofre da startup terá início ao fim da década. A empresa diz ainda que a tecnologia se encaixa perfeitamente em sua estratégia Dare Forward 2030, amplamente divulgada pelo grupo.
Dan Cook, CEO da Lyten, garantiu que as baterias podem ter até o dobro de densidade das unidades convencionais com células de íons de lítio. As primeiras unidades deverão ser produzidas em uma fábrica localizada em San Jose, cidade do estado da Califórnia. Ainda de acordo com o executivo, elas serão submetidas aos mais variados testes ainda este ano. A startup afirma também que as suas baterias não utilizam níquel, manganês e cobalto, e têm uma pegada de carbono 60% menor que as tradicionais.
Além Disso, o CEO da Lyten classificou o grafeno tridimensional como um “supermaterial” com inúmeras aplicações. Ao contrário da folha de grafeno bidimensional, o material 3D é mais econômico, fácil de fabricar e casa e mais reativo, combinando com outros materias de maneira mais simples. Para completar, a Lyten diz que ele é altamente ajustável em termos de resistência, condutividade, redução de peso e também em outras características.
Do Automotive Business