Stellantis prevê crescer em 2022 com mercado 20% maior no Brasil; metade do layoff em Betim já acabou

Em seu primeiro ano, grupo comemora bons resultados e lucro na América do Sul

Em seu primeiro ano de existência após a fusão entre FCA e PSA, o Grupo Stellantis apurou no Brasil e na América do Sul um de seus melhores desempenhos globais, devendo fechar 2021 com lucratividade (no primeiro semestre o lucro operacional registrado foi de € 326 milhões equivalente a margem de 6,6% sobre o faturamento) e mais de 800 mil veículos vendidos na região, acima de 600 mil deles só no mercado brasileiro, onde quatro marcas da empresa – a líder Fiat à frente de Jeep, Peugeot e Citroën – tomaram 32% das vendas este ano.

Para Antonio Filosa, presidente da operação sul-americana, isso foi só o começo, ele prevê que é possível ir mais além em 2022. “Não vejo porque pensar em um mercado no Brasil menor do que 2,4 milhões [de veículos leves] em 2022, que nasce melhor do que 2021; e nós plantamos as sementes para crescer mais com todos os lançamentos que fizemos e ainda vamos fazer”, avalia Antonio Filosa.

O executivo credita parte do bom desempenho a uma administração mais eficiente da falta global de semicondutores, o que permitiu parar menos e produzir mais do que os concorrentes. “Somente por causa desse fator nós ganhamos de 2 a 2,5 pontos porcentuais de market share este ano”, destaca Filosa. “E com os lançamentos podemos manter esse ganho em 2022”, prevê.

Ele cita que no começo de dezembro a fábrica de Betim (MG) já conseguiu trazer de volta ao trabalho 970 dos 1,8 mil funcionários que estavam afastados desde o início de outubro em layoff que deveria se prolongar por três meses. “Todos devem voltar em breve porque estamos retomando o ritmo de produção perto do normal [em dois turnos] mais cedo do que prevíamos”, afirma Filosa.

Do Automotive Business