Stellantis quer fazer de Porto Real um polo exportador
Fábrica do sul fluminense produz veículos e motores para mercados vizinhos, mas plano é fazer negócios overseas
Por muito tempo relegada e pouco aproveitada, a fábrica de Porto Real (RJ) é a queridinha do momento da Stellantis. A unidade acaba de iniciar a produção do Citroën Basalt, prepara um novo SUV compacto e quer fazer isso tudo com um pé firme na exportação. Hoje, 34% de tudo que é produzido pela Stellantis em Porto Real é exportado, entre veículos e motores. O que faz da montadora, inclusive, a maior empresa exportadora do Porto do Rio atualmente.
A maior parte das exportações é para mercados vizinhos. Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia e República Dominicana são alguns dos principais destinos dos modelos da Citroën produzidos na planta fluminense: C3, C3 Aircross, C4 Cactus (este praticamente só vendas externas) e o Basalt, cuja produção começou na última terça, 17.
Além disso, a fábrica da Stellantis em Porto Real tem uma linha de usinagem e produção dos motores EC5, os 1.6 16V que por muito tempo equiparam os carros da Peugeot e Citroën. São feitos na unidade 168 motores completos por dia, e metade deste volume é exportado para países latinoamericanos.
Só que a Stellanis quer pôr as manguinhas de fora e para além-mar. A fabricante prospecta mercados overseas para os motores EC5. A empresa não revela os destinos, porém especula-se que seriam países da Ásia e África. A prospecção serve também para os veículos produzidos por lá – o que inclui o novato Basalt e o futuro Jeep Avenger, que também vai usar a plataforma CMP. Hoje, a linha de compactos da Citroën abastece os diferentes países do continente.
Do Automotive Business