STF abre ano judiciário com Lula e aponta cicatrizes de atos terroristas

A presidenta da Corte, ministra Rosa Weber, conduziu celebração e disse que “a democracia segue inabalada”

Foto: Ricardo Stuckert

Em cerimônia realizada no mesmo Plenário da Corte que foi destruído nos atos terroristas de 8 de janeiro, o STF (Supremo Tribunal Federal) abriu ontem o ano judiciário de 2023 com a participação do presidente Lula e diversas autoridades.

A presidenta da Corte, ministra Rosa Weber, reforçou o simbolismo do ato, realizado no mesmo Plenário destruído nos atos terroristas. “A Constituição segue preservada, a Justiça segue resguardada, a cidadania segue respeitada, a democracia segue inabalada”, garantiu.

Já Lula enfatizou o papel do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e disse que o 8 de janeiro representou “o mais duro teste da democracia brasileira desde a Constituição de 1988”.

Segundo o presidente da República, no reconstruído plenário do Supremo saíram decisões corajosas e absolutamente necessárias contra o retrocesso, o negacionismo e a violência política.

Para Lula, o momento é de muito trabalho, dedicação e esforços dos três poderes no sentido de reconstruir o Brasil. “Os verdadeiros inimigos são a fome, a falta de oportunidades, o extremismo e a violência política e a destruição ambiental”.

Marcas da destruição

O STF decidiu preservar parte das marcas da destruição na sede da Corte como “cicatrizes”, para lembrar os efeitos de “tempos verdadeiramente perturbadores” contra a democracia brasileira. “É preciso cuidado, atenção, resistência e resiliência das instituições, especialmente do Poder Judiciário, objeto de constantes ataques”, disse Rosa Weber.

Com informações da Rede Brasil Atual