STF define hoje se libera terceirização irrestrita

O Supremo Tribunal Federal, STF, retomou ontem o julgamento sobre a constitucionalidade da terceirização na atividade-fim, ou seja, se todos os trabalhadores em uma empresa podem ser terceirizados. O placar está cinco votos a favor da terceirização e quatro contra. Faltam dois votos e a sessão será retomada hoje.

“Uma decisão do STF pode legitimar a precarização do trabalho e dar aval para a vontade dos patrões de retirar direitos. Todos os trabalhadores do País devem estar em alerta e mobilizados na luta contra a precarização total”, afirmou o secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva.

“A terceirização não gera empregos, como os patrões defendem. Ela permite converter os empregos diretos em terceirizados”, explicou.

De acordo com estudo da CUT e do Dieese, em relação aos trabalhadores diretos, os terceirizados têm menos direitos, ganham 25% menos, trabalham quatro horas a mais, são mais vulneráveis aos acidentes no local de trabalho por falta de segurança, além da alta rotatividade que sofrem.

“Cada um conhece a realidade nas fábricas e sabe a diferença de direitos entre os contratados diretos e os terceirizados. A terceirização irrestrita permite que, na mesma linha de produção, existam metalúrgicos com a mesma função, mas com salários, benefícios e uniformes diferentes”, ressaltou.

Da Redação.