Surge uma nova economia. A economia social

A fundação da Unisol Brasil no último final de semana contribui com o fortalecimento da economia social, aquela voltada aos interesses dos trabalhadores e não do mercado. Programas de formação, acesso ao crédito, estimulo à organização dos trabalhadores em cooperativas e apoio as cooperativas já existentes estão entre as prioridades definidas para a Unisol Brasil.

Um contraponto ao lucro e ao mercado
A fundação da Unisol Brasil representa um passo decisivo para o fortalecimento de uma nova economia, a economia social, voltada aos interesses dos trabalhadores e não do mercado e do lucro.

Essa é a visão compartilhada por delegados e convidados no congresso que criou a nova entidade no último final de semana.

Economia social, na definição da Mariangela Bastico, secretaria de formação e educação profissional na Emília Romana (região da Itália), é a economia da cooperação e é desenvolvida para garantir o direito básico ao trabalho a toda pessoa.

“É quando parte do lucro é reinvestida na solidariedade”, definiu. Mais da metade do PIB intaliano vem da economia solidária e cooperativa.

“As cooperativas no Brasil não aparecem ainda no contexto da economia. Com a criação da Unisol Brasil poderemos imprimir um novo ritmo para as atividades delas, criando redes, centrais de compras, implementar programas que nos permitam disputar o mercado com igualdade”.

Foi o que afirmou Claudio Domingos da Silva, o primeiro presidente da Unisol Brasil e também presidente da Metalcoop, cooperativa do setor de forjardos de Salto, interior de São Paulo.

O secretário nacional de Economia Solidária do governo federal, Paul Singer, vai mais longe. “As pessoas vão optar em qual economia vão desenvolver suas atividades”, afirmou, com a convicção do crescimento da economia social “Essa é a alternativa ao capitalismo excludente”, disse.