Tabela do Imposto de Renda: Redutor é o primeiro passo. Queremos mais

O redutor do Imposto de Renda foi o primeiro passo. Ele é resultado de uma mobilização antiga que vai colocar mais R$ 600 milhões na economia. O segundo passo é a negociação de uma nova tabela para o Imposto de Renda. Esta será a primeira vez na história brasileira que o movimento sindical participará com o governo de um assunto tão sensível e importante.

>> Por uma nova tabela

O redutor de R$ 100,00 no Imposto de Renda foi um primeiro passo na nossa luta contra a mordida do leão. Essa luta não terminou. O segundo passo, e o mais importante, começaremos com a negociação de uma nova tabela para o Imposto.

Conforme o presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo, o governo assumiu o compromisso de negociar a partir de agora essa nova estrutura para entrar em vigor em janeiro do ano que vem. “Deixamos bem claro ao governo que essa nova estrutura terá que diminuir a carga tributária sobre os trabalhadores”, afirmou Feijóo.

No entanto, para Feijóo, não podemos desconsiderar alguns ga-nhos desta primeira etapa da luta. Ele lembra que durante o período que o redutor será aplicado haverá uma injeção de R$ 600 milhões na economia.

Esse dinheiro ficará no bolso do trabalhador entre agosto e dezembro, incluindo o 13º salário. Será usado no consumo, aumentando vendas, produção e empregos. Este é o ganho para toda a sociedade.

>> Mudança

A tabela do IR está congelada desde 1996. Durante os oito anos do governo FHC foi corrigida apenas uma vez em 17%, deixando um resíduo de 39%.

Em apenas 17 meses do governo Lula o redutor foi uma primeira mexida. Estamos agora a caminho da segunda mexida, que é a negociação da nova tabela.

É também a primeira vez que um governo aceita debater com o movimento sindical assunto de tamanha importância, propondo a negociação de uma nova estrutura.

Ao final da reunião com sindicalistas na terça-feira, o ministro Antonio Palocci reconheceu que só está avançando nesse debate pela forte mobilização dos trabalhadores e por uma ordem do presidente Lula.