Tarifa de ônibus em SP: Chega de violência e terror!

CUT repudia truculência da PM paulista sobre manifestantes que protestavam contra o aumento abusivo da tarifa de ônibus na capital

Desde que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) anunciou o aumento das tarifas de ônibus na cidade de São Paulo de R$ 2,70 para R$ 3,00, diversos movimentos sociais têm se manifestado contra o reajuste, explicitamente abusivo. 

Enquanto a prefeitura argumenta que o aumento é decorrente dos altos custos de manutenção dos serviços de transporte, centenas de pessoas que se manifestavam em defesa de seus direitos (de nossos direitos), passaram momentos de verdadeiro terror, vítimas da violência desenfreada da Polícia Militar do governo paulista de Geraldo Alckmin (PSDB).

No dia 17 de fevereiro, quinta-feira, em frente à sede da prefeitura no Viaduto do Chá, cartão postal da cidade, manifestantes que exigiam uma reunião com o prefeito e a revogação imediata do aumento, já em vigor, foram feridos durante um protesto, que se transformou numa ação truculenta da tropa de choque da PM. Não houve confronto por parte dos manifestantes, mas sim, ações violentas da Polícia sobre pessoas que ali estavam para defender seus direitos em um país democrático, onde a participação popular nas decisões tem se constituído cada vez mais.

A população tem ficado à mercê de medidas autoritárias do governo municipal, sem acesso a informações que justifiquem tal aumento, como valor dos repasses públicos às empresas privadas que prestam serviços ao município, aos lucros reais dessas empresas, e sem ter a quem recorrer para denunciar a precariedade nos serviços oferecidos, como frota limitada, carros velhos e/ou sem manutenção adequada, que colocam em risco a vida e a saúde dos usuários, e ainda agridem o meio ambiente.

Porém, a tradição repressora do governo paulista prevaleceu, e em vez de receberem proteção, homens e mulheres foram duramente atacados durante uma manifestação pacífica, com gás lacrimogêneo, balas de borracha, cassetetes, chutes e socos.

Um jovem assistente social foi uma das vítimas brutalmente espancada por policiais,. Por longos minutos desferiram chutes e golpes de cassetetes, mesmo com o jovem já imobilizado e inconsciente no chão. Há fotos e vídeos que comprovam a violência desenfreada da PM paulista: 

http://noticias.uol.com.br/album/110217protesto_album.jhtm?abrefoto=15

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4951117-EI5030,00-SP+protesto+contra+passagem+reune+mil+e+acaba+em+confronto.html
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2011/02/486570.shtml

http://www.nauweb.tv/principal_destaque.asp?d=1&id=203 

O rapaz está hospitalizado e provavelmente tenha que passar por uma cirurgia. Até mesmo vereadores e vereadoras que estavam no ato foram brutalmente atingidos por esta que não é a polícia que deve nos servir.

A CUT repudia a forma com que o governo paulista tem tratado os direitos de seus cidadãos e cidadãs e solicita que estas ações sejam rigorosamente apuradas e que seus responsáveis sejam devidamente punidos, para que atos covardes e vergonhosos como estes não voltem a se repetir. Afinal, a liberdade de expressão é um direito constitucional e inalienável!

Da CUT Nacional