Tarifaço bancário: Reajustes são maiores que inflação. E vem mais aumento
O reajuste das tarifas bancárias nos primeiros anos da década já supera a inflação.
Estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômica (FIPE) da Universidade de São Paulo, afirma que o aumento médio das tarifas foi de 54% entre os anos 2000 a 2003, contra uma inflação de 32% no mesmo período. No ano passado foi de 14,5%, para uma inflação de 8%.
É pela grande soma de valores desembolsados pelos trabalhadores que o Sindicato desendecadeou uma campanha contra o abuso da cobrança das tarifas.
Para o Sindicato, a conta onde o metalúrgico recebe salário não deve ter nenhum tipo de cobrança de serviço, pois são as empresas que escolhem o banco e não os trabalhadores.
Mais aumentos
Mesmo lucrando muito com as tarifas, os bancos continuam a aumentá-las. Desde outubro, a Caixa Econômica Federal reajustou suas tarifas entre 10% e 33%. Foi o primeiro reajuste promovido pelo banco no governo Lula.
O Bradesco ampliou em 11% a tarifa cobrada por saque acima da quantidade permitida. O valor subiu de R$ 0,90 para R$ 1,00.
Já o Unibanco vai aumentar em 10%, de R$ 19,00 para R$ 21,00, a taxa de serviço para tirar o correntista do cadastro do cheque sem fundo.
O Itaú vai reajustar em 51% tarifas sobre o chamado cheque miúdo, com valores de até R$ 35,00. A cobrança passará de R$ 0,33 para R$ 0,50.