Tarifaço de Trump afeta exportações das autopeças brasileiras
Vendas para os Estados Unidos e México caíram 6,5% e 27,8%, respectivamente, até maio
Apesar do aumento de 24,5% das exportações para a Argentina no acumulado até maio, a indústria brasileira de autopeças registra evolução nos negócios externos de apenas 4,6% no período, reflexo da queda das vendas destinadas aos Estados Unidos e México, seus dois principais parceiros após o país vizinho.
As exportações para o mercado estadunidense recuaram 6,5%, de US$ 564,9 milhões para US$ 528,2 milhões, e para o mexicano o tombo foi ainda maior, de 27,8%, de US$ 389,9 milhões para US$ 281,4 milhões. Apesar de haver outros fatores, o tarifaço de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, com sobretaxa de 25% sobre as autopeças, é o principal causador das referidas quedas
Também a queda nas exportações para o México tem a ver com o tarifaço dos Estados Unidos, visto que a produção naquele país foi afetada pelas decisões de Trump. Diante desse cenário, o que está salvando as exportações brasileiras é o bom momento do mercado argentino e de outros mercados menores que têm comprado mais do Brasil em função de ações do Sindipeças no exterior.
As vendas para o país vizinho passaram de US$ 1 bilhão nos primeiros cinco meses do ano passado para US$ 1,29 bilhão este ano. Diante do aumento de apenas 4,6% nas exportações, com a venda de US$ 3,3 bilhões este ano, e de alta de 14,4% nas importações, com compras da ordem de US$ 9,5 bilhões, o déficit comercial do setor de autopeças chegou a US$ 6,17 bilhões no acumulado até maio, valor 20,5% superior ao registrado no mesmo período de 2024 (US$ 5,13 bilhões).
Do AutoIndústria