Tarifas bancárias: Falta transparência na cobrança
Eder José da Silva, o Nersão da Pirelli, disse que ao conferir o movimento do mês tem dificuldade de entender o extrato bancário: “É muito desrespeito. Até parece que fazem de propósito, para a gente não ter condições de conferir”, desconfia.
“Apesar do banco lucrar em cima do salário do trabalhador, ele trata muito mal os clientes”, afirma Nersão.
De fato, o Procon denuncia que há falta de transparência sobre a cobrança das tarifas, o que torna o controle dos serviços bastante dificil. Isso porque a terminologia delas é diferente de banco para banco, os valores cobrados não são uniformes e os extraros de difícil leitura.
Vicente José dos Santos, na Rolls Royce, tem a mesma opinião de seu companheiro na Pirelli: “O extrato é muito complicado, parece coisa de economista”.
Ele disse que os trabalhadores de lá têm conta no Itaú e pergunta: “Por que a gente paga tarifa se a companheirada na Mercedes, que também tem conta no Itaú, não paga nada?”.
Vicente avisou que o pessoal na Rolls Royce está disposto a lutar para conseguir tarifa zero. “Existe muita reclamação contra esses descontos”.
Lucro em cima do trabalhador
Para Murilo Vilas Boas, na Volks, se os trabalhadores participassem da escolha do banco, o escolhido seria aquele que oferecesse as melhores condições. “Os bancos já lucram de tantas formas em cima da gente, que nem precisariam cobrar essas tarifas”, comentou.
Ele disse que a campanha do Sindicato é positiva e que ela vai contar com o envolvimento dos metalúrgicos.
“Aqui na Volkswagen somos milhares de trabalhadores. Além da tarifa zero, acredito que a gente poderia conquistar mais benefícios”, explicou.
Edvaldo Souza Santos, o Perninha da Arteb, não sabe quanto paga porque se perde nas contas. Antes, o extrato do Banco do Brasil era bem explicado, mas agora com o Bradesco, não”, afirmou.
“A empresa troca de banco quando vê algum benefício para ela e quem paga é o trabalhador. Isso não está certo”, concluiu ele.