Tarifas bancárias, um confisco

Lutar contra o confisco promovido pelo tarifaço bancário nas contas dos trabalhadores entrou para a agenda sindical como nossa luta por melhores salários ou condições de trabalho.

Foi o que defendeu o presidente do Sindicato José Lopez Feijóo, no artigo “Tarifas bancárias: um confisco”, publicado semana passada nos jornais Folha de S. Paulo e Diário do Grande ABC.

Segundo Feijóo, uma parte da renda dos trabalhadores hoje é corroída pelas tarifas bancárias, assim como faz a inflação. “Os valores cobrados pelos bancos e a crescente evolução das tarifas afetam diretamente o nível de rendimento líquido dos trabalhadores. Logo, lutar contra essa cobrança é um problema sindical”, escreveu o dirigente.

Além dos valores exorbitantes das tarifas, Feijóo destacou uma outra agravante, que é o trabalhador ficar impedido de escolher a instituição bancária na qual movimenta seu dinheiro.

“Toda negociação é feita entre bancos e empresas. O empregado não tem como o escolher o banco pelo qual quer receber seu salário, sendo obrigado a abrir conta corrente na instituição escolhida pela empresa que, é óbvio, deposita sua folha de pagamentos nos bancos que lhes oferecem mais benefícios. O trabalhador fica refém do banco e é usado como moeda de troca. E ainda paga muito para movimentar sua conta”, afirmou.

Luta
Segundo o Procon são 42 tarifas cobradas pelos bancos que consomem em média entre R$ 255,00 a R$ 323,00 todo ano de cada cliente.

Já estão livres delas os companheiros na Toyota, que recebem pelo Bradesco, Panex, Scania e Mercedes, que recebem pelo Itaú.

É para estender esse mesmo benefício à categoria que o Sindicato está empenhado em negociar com as empresas a eliminação das tarifas. Cartas pedindo a abertura de negociação elas já têm. Se o resultado não for positivo, a saída será a mobilização em defesa do salário.