Taxa de desemprego é a menor em 16 anos em São Paulo

No ABC, a taxa de desemprego também recuou, de 11,8% de setembro para 11,2% em outubro. A taxa caiu ainda em cinco outras regiões metropolitanas do País pesquisadas

Os impactos da crise de agiotagem não foram sentidos no mercado de trabalho brasileiro, de acordo com avaliação dos coordenadores da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizadas pelo Dieese-Seade.

“O mês de outubro foi, pelo contrário, muito positivo. O que era esperado, diga-se, pois no fim de ano, no Brasil, as pessoas vão às compras e o comércio fica muito ativo”, disse o coordenador da pesquisa, Alexandre Loloian.

“Nós temos ainda condições boas de crédito e, de forma geral, as pessoas estão comprando, o emprego está aumentando e o desemprego caindo”, acrescentou.

Os dados divulgados na quarta-feira mostram que o desemprego na Grande São Paulo caiu para 12,5% em outubro, ante 13,5% de setembro, a menor taxa para o mês desde 1992.

No ABC, a taxa de desemprego também recuou, passando dos 11,8% de setembro para 11,2% em outubro. A taxa caiu ainda em cinco outras regiões metropolitanas do País pesquisadas — Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife e Salvador –, ficando em 13,4% contra 14,1% em setembro. Foi a menor taxa para o mês desde 1998.    

Mais emprego
Apenas em outubro, o número de trabalhadores empregados aumentou em 108 mil na Grande São Paulo e em 141 mil nas outras cinco regiões somadas.          

Loloian explicou que, com o recebimento do 13º salário, os trabalhadores vão às compras, e tanto comércio quanto indústria se preparam para esse movimento contratando mais empregados.

Sua avaliação é de que se o País mantiver um crescimento econômico entre 3% e 3,5% e adotar medidas que mantenham o consumo interno, o crédito e investimento público, o emprego será pouco afetado.                                  

No ano                         
Comparada a outubro de 2007, a taxa de desemprego na região metropolitana paulista diminuiu de 14,4% para os atuais 12,5%. Isso significa que 165 mil pessoas deixaram a situação de desemprego, uma vez que foram criados 404 mil postos de trabalho, número mais que suficiente para absorver os 239 mil trabalhadores que entraram no mercado de trabalho.   

Nos últimos doze meses, os salários aumentaram 8,8%, devido ao crescimento de 9,9% no setor privado pela contratação de trabalhadores com e sem carteira de trabalho assinada. No período, o número de autônomos diminuiu 5,3%.

Da Tribuna