Taxa de desemprego feminina diminuiu para 14,7% em 2010
Mulheres são mais da metade das pessoas ocupadas com nível superior, revela pesquisa Seade/Dieese
Segundo levantamento realizado pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a taxa de desemprego feminina passou de 16,2% para 14,7%, entre 2009 e 2010.
Durante o período, foram geradas 163 mil vagas para mulheres, volume suficiente para absorver as 99 mil trabalhadoras que ingressaram no mercado e reduzir em 64 mil o número de desempregadas.
O estudo atribui o desempenho do mercado ao crescimento da escolaridade que, de 2000 a 2010, ocorreu em ritmo mais intenso entre as mulheres. A quantidade de pessoas com Ensino Superior completo na População Economicamente Ativa (PEA), soma dos ocupados mais desempregados, passou de 11,7% para 15%. Na PEA feminina, estes valores ultrapassaram os 17%, enquanto na masculina corresponde a 13%.
Se em 2000, a maioria da PEA com nível superior era composta por homens (51,3%), em 2010, a vantagem passou a ser feminina (53,6%).
Novos cargos
De acordo com a pesquisa, os cargos e as áreas ocupadas por mulheres também têm mudado. Além de segmentos considerados “femininos”, como educação e saúde, por exemplo, outras oportunidades têm surgido para as mulheres.
O aumento da participação de mulheres no setor de serviços especializados (13,6% do total de ocupadas em 2010), com forte presença de advogadas, contadoras, engenheiras, passou a ser o segundo segmento com maior presença feminina, superando a área da saúde.
iG Economia