Tecendo amanhã

“Amanheceu, ecoam as sirenes das fábricas
Cada um sai de um ponto todos a procura do pão
A vender a mão de obra para o patrão
Antes de nascer o sol na certeza que constroem uma nação, uma teia, uma classe
Sem conhecer o poder que tem na mão
Vendem a mão de obra, mas não a consciência
Trabalhador sozinho não faz pressão,
Mas muitos trabalhadores unidos formam a organização
Pois a força vem da união de um toldo
Onde cada um faz sua parte
Mas sempre com a mesma intenção
A busca de um mundo melhor através da mobilização”
Esses versos foram escritos por participantes do curso de Comunicação e Expressão deste semestre. A produção foi resultado da leitura do poema Tecendo a Manhã, de João Cabral de Melo Neto, que descreve o processo do amanhecer partindo do canto solitário de um galo.
“Um galo sozinho não faz uma manhã” é o verso inicial do poema que resultou na reflexão sobre a importância da organização e solidariedade para a classe trabalhadora.
Os participantes do curso se reconheceram na reflexão, pois é a prática de cada um no chão da fábrica. Sozinho, não há organização e não há conquista. É somente na consciência de que necessitamos uns dos outros que nasce a esperança. E a esperança, como o amanhecer, segundo João Cabral, é um “grande toldo que, elevado, ilumina a todos”.
Esse é o propósito de formação do Sindicato: a construção do conhecimento a partir da união entre teoria e prática.

Departamento de Formação